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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O menino do pijama listrado


A leitura de O menino do pijama listrado, de John Boyne, foi tão prazerosa que mal vi o tempo passar, e quando percebi já havia terminado as 186 doces páginas deste romance contemporâneo de um dia para o outro. Não sei mais se podemos chamar romance este tipo de literatura produzida nos anos 2000, está mais para drama, mesmo assim não deixa de ser um best seller. Sempre quero saber porquê tanto barulho em torno de determinados lançamentos, apesar de me policiar para sempre ter uma mãos um clássico, mas os apelos e comentários me rendem.
Claro que me decepciono muitas vezes, como aconteceu com A cabana, pois achei que era uma coisa e quando fui ver era outra completamente diferente. Vale como leitura, claro, mas mesmo assim o livro cai naquele segmento de autoajuda, que eu particularmente não aprecio.
O menino do pijama listrado me chamou a atenção pela capa. Aquelas listras azuis não me enganam. Antes de ler qualquer sinopse ou ver e ouvir qualquer comentário, eu já sabia se tratar de algum livro que se passa na época do Holocausto. Aí demorei mais que o esperado para lê-lo, pois este tema só me traz energias ruins, é algo que eu e o mundo quer tentar esquecer, apesar de sermos lembrados a todo momento que este incidente pavoroso existiu.
Então, ao ver as letras garrafais e a quantidade ínfima de páginas, decidi me aventurar por essas páginas, e posso dizer que não me decepcionei.
O autor parecer ter feito um livro para crianças ou adolescentes, pois sua linguagem é límpida, clara e objetiva. Tive a impressão que o autor tinha 15 anos de idade, tamanha a clareza e simplicidade de seus argumentos. Mas não se deixe enganar. O tema do livro é forte e escabroso, mas a história foi contada de maneira tão leve, que demora a cair a ficha do que está por trás de tudo isso: o nazismo.
Bruno é uma garoto de 9 anos que tem uma vida abastada em Berlim, e subitamente tem que se mudar para outro lugar, o campo de Haja-Vista, um local mais longe, menor, mais feio e sem seus melhores amigos. Apenas com sua irmã, o que ele considera um Caso Perdido. Ao chegar lá, ele tenta convencer o pai a voltar para Berlim, mas o pai é um comandante da guarda alemã e tem uma missão naquele local que ele não sabe qual é, mas sabe que foi indicada pelo Fúria ( qualquer semelhança com Führer não é mera coincidência).
Sozinho em casa, Bruno decide passear pela redondeza e conhece um garoto da sua idade, que mora do outro lado da cerca com centenas de pessoas e usa sempre um pijama listrado igual a todo mundo. Bruno não entende porquê, e na sua inocência acha que as pessoas devem se cansar de usar todos os dias as mesmas roupas. Ele também não entende porque Schmuel, seu novo amigo, está sempre com fome, tem aparência cinza e está cada dia mais magro. No íntimo, ele queria estar no lugar de Schmuel, porque ele tem centenas de crianças para brincar, quanto a Bruno, ele não tem ninguém, a não ser Schmuel, mas este não pode passar para o lado de cá da cerca.
A partir daí, Bruno começa a visitar o amigo diariamente, e os dois trocam confidências, contam histórias um para o outro e aprendem sobre suas vidas, mas não conseguem entender porque he esta grande diferença entre elas. Muito comovente. E o filme baseado na obra já está em vídeo.
Boa leitura.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Como dirigir sob efeito de 10 drogas

Pessoal
Achei esse video extremamente engraçado e gostaria de compartilhar com vocês. Chorei de rir. Está em alemão, mas as palavras que aparecem antes de cada imagem são entendíveis. Só no fim o Alle zusammen significa tudo junto. Divirtam-se! beijos

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Gay Talese é o cara do jornalismo literário




















Acabei de devorar de uma só vez dois excelentes livros do jornalista-escritor norte-americano Gay Talese, um mestre do jornalismo literário. O primeiro foi seu grande sucesso e obra prima A mulher do próximo, imprescindível para qualquer jornalista ou amante das letras que aprecie uma boa história real contada através de um texto bem trabalhado, simples, mas ao mesmo tempo encorpado.
Neste, ele passou exatos 9 anos de sua vida fazendo pesquisa de campo, de arquivo, conhecendo pessoas, lugares, costumes, comunidades e estudando o comportamento humano, para desenvolver o melhor relato da vida sexual do norte-americano nas décadas de 60 e 70 especialmente, analisando o padrão de comportamento das pessoas e autoridades a respeito do assunto. Para realizar este trabalho, ele acompanhou julgamentos de editores de obras consideradas pornográficas, frenquentou um casa de swuingue e naturistas, bordéis, contou a vida de empresários do ramo da revista pornográfica, como Playboy e PentHouse, etc.
O outro livro é o mais recente, que se chama Vida de Escritor, uma espécie de uma autobiografia em que ele se autoanalisa e conta a histórias de uns acontecimentos em sua vida não viraram livro anteriormente.
Este tem 500 páginas, que eu li rapidamente tamanha a qualidade e a leveza do texto. Recomendo ambos, e todos os outros dele que ainda não li mas já me disseram que são igualmente ótimos,
beijinhosss