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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O elogio da madrasta

Pessoal
Li há um tempinho já um livro curtinho e ótimo do Mario Vargas Llosa. Adoro esse escritor, tanto que um dos meus livros favoritos é dele: Travessuras da Meniná Má. (Outro dia falo dele)
Mas hoje eu vou falar de outro livro, mais polêmico e bem instigante, se chama O elogio da madrasta.  O livro conta a  história de um casal que vive em plena paixão. Lucrécia tem 40 anos e não perdeu a lascívia e sensualidade, e Dom Rigoberto está em seu segundo casamento e foi com Lucrécia que descobriu os prazeres da carne. O único empecilho dessa união parecia ser o filho de Rigoberto, Alfonso, na época com 12 anos, que era apegado demais à mãe e no começo resiste ao apelo de Lucrécia de se tornar uma boa madrasta para ele.
Aos poucos Lucrécria conquista a simpatia do menino, mas o que era apenas uma amizade passa a virar uma paixão carnal também do menino por ela, o que acaba por desestabilizar uma vida que parecia estar em perfeita harmonia.
Mário Vargas Llosa constrói uma história digna de Nelson Rodrigues, com forte apelo sexual e final surpreedente. É uma Lolita às avessas. O livro é muito bom, com história que fica marcada,  essa explosão vem em apenas 160 páginas. Na hora que fica bom o livro acaba, dá até dó.
Quem ler espero que goste.
Beijos

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Una noche a la mexicana

Olá, pessoal
Não acompanhei o Miss Universo ontem, mas peguei o finalzinho, bem quando estavam anunciando a Miss México. Como não vi as outras, achei a escolha justíssima, principalmente em relação a oponente jamaicana.
Antes de zapear e pegar a coroação da beldade, eu estava justamente lendo um romance de um escritor mexicano, David Toscana, que eu não conhecia mas já tinha ouvido falar, porque a crítica tem dito o que ele e Roberto Bolaño são os escritores latino-americanos do momento.
O livro se chama O último leitor, e conta a história de um corpo de uma menina que é encontrada no poço do jovem Remigio, que mora em Icamole, uma cidade pobre e seca no interior do México. Em vez de entregar o corpo à polícia, o jovem enterra a menina debaixo de seu abacateiro. Ele conta com a ajuda e sigilo de seu pai Lúcio, um bibliotecário apaixonado por livros, que vê na menina morta uma semelhança com a menina de um romance que ele adora, chamado A morte de Babette. Tanto que sempre chama a menina de Babette, até conhecer a mãe da garota e descobrir que ele também adora esse livro e conta que sua filha, que na verdade se chama Anamari, tem semelhanças físicas e psicológicas de Babette.
O livro em si é bom, mas precisa ser lido com bastante cuidado, pois sua narrativa não é nadinha linear, e o autor mescla o enredo principal com histórias que Lúcio lê nos livros. Então ora ele está lendo, e as histórias dos livros são contadas como se fosse ação presente, mas na verdade é o ato da leitura de Lúcio, ora ele está no momento presente, e sempre comparando a realidade com os livros que lê. Como sua biblioteca é falida, e ele se recusou a fechar mesmo com ordem do governo, Lúcio passa os dias lendo, e separando livros que devem ir para as estantes e livros que devem ser condenados ao esquecimento, e segundo seu crivo, ninguém deve ler.
São 159 páginas densas, mas uma leitura bem inovadora e agradável.

Quem se arriscar, espero que goste! Beijos



Enquanto a Miss México era coroada, eu finalizava a leitura do escritor mexicano David Toscana.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Dogville

Ontem tive o prazer de assistir pela segunda vez um dos meus filmes favoritos, e um dos melhores filmes já produzidos: Dogville (2003). A primeira vez que assisti foi logo em 2004 , e lembro do impacto que o filme causou em mim. Poucos filmes fazem isso, pode ter certeza. Conte nos dedos os filmes que realmente te impressionaram ou mudaram sua visão de mundo. Pra quem ainda não viu, essa é a dica de hoje.
Dirigido por Lars Von Trier, um dos diretores mais polêmicos da atualidade, o filme é forte, moralmente falando. Não tão forte quanto Anticristo, que mostra mutilações físicas, mas Dogville mostra mutilações humanas, comportamentais e morais.
O filme se passa numa cidadezinha minúscula no interior dos EUA na época da grande depressão (1930 mais ou menos). Uma desconhecida (Grace, interpretada por Nicole Kidman) aparece na cidade fugindo de gângsters, e pede apoio dos moradores para se esconder, pois está sendo caçada. Para acolher a jovem na vila, os moradores fazem exigências, e um deles sugere que ela doe uma hora do seu dia para cada um e ajude em alguma tarefa. Mas não há muitas coisas a serem feitas na cidade pacata, mas mesmo assim os cidadãos dão atividades para ela. O tempo vai passando e essas atividades acabam se tornando um trabalho escravo, e a cada vez que a polícia ou os gângters aparecem na vila, os moradores se sentem ameaçados e punem Grace com mais trabalho, menos salário, humilhações, estupro, ou seja, caem as máscaras e os amáveis vizinhos mostram seus dentes.
Para quem não assistiu, o filme tem um final forte e surpreendente. Além de uma ótima história, que desvenda a imundície, a fraqueza e nuances da personalidade humana, a estética do filme é toda especial. Ele foi gravado dentro de um teatro, e a vila e as casas eram separadas apenas por linhas divisórias no chão, com o nome de cada local ou família. As ações podem ser acompanhadas de uma vez e sem paredes e cenários, apenas com pequenos objetos, os espectadores focam sua atenção na narrativa, o que torna o filme mais denso.Quem estiver disposto a sentar no sofá por 3 horas, tenho certeza que não vai se arrepender.
Beijos

Ah, o trailler, só achei com legenda em espanhol.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Festival de Blues em Ribeirão Preto

Pessoal, segue uma matéria minha que foi publicada no www.ribeiraopretoonline.com.br. sobre o Sesc ´N´Blues, festival de blues que acontece todo ano e traz diversas bandas nacionais e internacionais para a cidade. Ainda tem mais hoje e amanhã.

Instrumental e blues texano marcam o primeiro dia do Sesc ´N´Blues

Quinta-feira gelada em Ribeirão Preto. Mesmo assim os amantes do blues foram conferir a abertura do festival que acontece sempre em agosto na cidade. O Sesc N´Blues, tradicionalmente realizado no Teatro de Arena, pelo segundo ano consecutivo foi realizado no Ginásio de Esporte do Sesc. Segundo os organizadores, a estrutura do Teatro está precária para abrigar o evento.

Duas atrações abriram o festival na quinta-feira (19/8) . Ari Borger Quartet, que fez um show instrumental para os amantes do blues mais pop, com batidas mais ritmadas e dinâmicas. Formado por Ari Borger - órgão, Celso Salim - guitarra, Humberto Zigler - bateria e Marcos Klis - baixo acústico e elétrico, o Ari Borger Quartet faz o show de lançamento do CD “Backyard Jam”, terceiro álbum do grupo com mistura de blues, soul, jazz e música brasileira.

Após intervalo comandado pelo mestre de cerimônias Théo Werneck, o norte-americano Johnny Nicholas sobe ao palco, juntamente com a banda sãocarlense Blues The Ville, e agita a plateia com baladas típicas do blues texano. O cantor, guitarrista e gaitista já tocou e gravou com os grandes nomes do blues, como Big Walter Horton.

O Festival de Blues tem atrações ainda nesta sexta e sábado.








Ari Borger Quartet


Johnny Nicholas com Blues The Ville

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Gaiola das Cabeçudas - "Li tudo do Leon Tolstói"....

Pessoal

Ontem vi esse vídeo quando cheguei em casa na MTV e achei engraçadíssimo. Marcelo Adnet e grupo do Comédia MTV fazem uma paródia das dançarinas de Funk, criam o grupo "Gaiola das Cabeçudas" e cantam funk com referências dos maiores escritores e artistas mundiais. Ficou show! Olhem só.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Porque transformaram Jane Austen em vampira eu jamais saberei

Este é o post mais ambíguo da minha vida, porque não tenho uma opinião ainda sobre o livro que estou lendo. Peguei Jane Austen- A Vampira emprestado na Biblioteca do Sesc, porque eu nunca compraria um livro com esse título. Primeiro em compaixão à Jane Austen, que deve estar dando gargalhadas onde quer que ela esteja; segundo porque é de vampiros, e como já comentei no post sobre Sussurro, este é um gênero que já li muito na adolescência, agora já cansei.
Pois bem. Apesar de todo o preconceito inicial, o livro é até legal, uma história interessante sobre uma Jane Austen que tem 233 anos e vive em uma cidadezinho no interior dos EUA, é dona de uma livraria e adora ver que, apesar de tanto temp,o ainda é popular, seus livros vendem horrores mas ela sente por não receber nenhum direito autoral, pois todos pensam que ela está morta (deveria, né). O livro discute o mercado editorial atual, a fome por vendas dos novos escritores e como alguns autores ganham dinheiro fazendo o tal autoajuda em cima de preceitos antigos ( como A arte da guerra, a Bíblia, etc) e alguns em cima da literatura de Jane Austen. Até livro de culinária lançaram usando o nome dela, e infelizmente ela não recebe nada de direito autoral. Essa parte do livro achei interessantíssima e engraçada. Mas...
Bom, só não me fisgou ainda o lado vampiro dela. Claro, para ela ter 233 anos teria que ser vampira, na visão deste autor, mas eu não consigo ver Jane Austen assim. Claro que o autor precisava escolher algo para dar imortalidade a ela, mas vampira?!?! Não sei, pra mim não encaixa. Eu acho que talvez ela pudesse ter bebido algum elixir da imortalidade, ou mesmo se tornado um anjo, algo do tipo.
Mas é claro que isso é só minha opinião. Não conheço ninguém que leu para compartilhar comigo esse estranhamento em ver Jane Austen como vampira, mas pra mim não colou de jeito nenhum.
Ainda não terminei o livro, mas não sei se até o fim minha opinião a respeito dele vai mudar. Bom, minha opinião? Como disse no início, não sei, estou dividida. Gosto de 50% pela trama editorialesca e de uma autora ícone da literatura mundial. Não gosto do 50% que a tem como vampira.
Quem ler e quiser dividir opiniões, fiquem à vontade. Beijos

domingo, 8 de agosto de 2010

Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios



Pessoal
Terminei de ler um livro de amor que é a coisa mais fofa.  Se chama Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios, de Marçal Aquino. Já gostei do título de cara, mas nem imaginava como seria a história.
Trata-se de um romance entre um fotógrafo que vai morar no Pará, terra de garimpeiros, e a esposa bipolar de um pastor evangélico. Os dois se conhecem e se identificam através da paixão que ambos têm pela fotografia, e passam a viver um romance ardente.
O autor mescla na história a história presente dos dois , Cauby e Lavínia, e nos conta o passado de Lavínia para entendermos sua dupla personalidade, pois ora ela está tímida e reclusa, ora está extrovertida e louca, por assim dizer. Além disso, sabemos como ela conheceu o pastor, e porque não se separa dele.
O texto é não-linear, pois mescla esta história com outra história paralela de um colega de Cauby contada em uma pensão. Ora estamos com eles no presente momento com o narrador em primeira ora, depois conhecemos a história do pastor e de Lavínia em terceira pessoa. Mesmo com essas mudanças, o texto de forma alguma é complicado, muito pelo contrário. Ao mesmo tempo que conta um romance, também trata sobre política, religião através de situações tão comuns ao brasileiro.
O personagem Cauby também adora livros, em especial o autor Benjamim Schianberg, que na verdade é um personagem fictício, um autor que faz ode ao amor, e a todo tempo, como uma monografia de faculdade, temos referências e citações de Schianberg , o que torna o texto mais gostoso de ler. 
Há quem ande já citando o tal Schianberg por aí como se ele existisse. Assim como Márcia Tiburi faz com a tal Helena Schopenhauer, outra personagem fictícia que já tem pegado pessoas dizendo que leram algo sobre ela.
Há até um filme do Beto Brant que se chama O Amor segundo B. Schianberg, que foi tirado deste romance e transposto para as telas. É, há personagens que vivem como se fossem pessoas reais.
Não vou entrar muito em detalhes para a história não perder a graça para quem for ler. Só digo que vale muitíssimo a pena.
Bom domingo.

"O amor é sexualmente transmissível" -  B. Schianberg

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Os Piratas do Rock

A dica de hoje é de cinema, principalmente para quem adora o som que rolava nos anos 60. Acho que todo mundo, né. Eu pelo menos não conheço uma pessoa que não goste, mesmo assim todos se sentem os únicos que “nasceram em época errada”, clichê. Sendo assim, Os Piratas do Rock vai agradar de uma forma ou de outra, pois o filme trata de amizade, rádio pirata e muito rock´ n´roll.
Dirigido por Richard Curtis ( de Um lugar chamado Nothing Hill), o filme é o oposto das comédias românticas do diretor. Com muito humor, ele conta a história baseada em fatos reais, de uma rádio pirata inglesa de 1966 que tocava rock 24 horas por dia. Tá, mais o que isso tem de mais? Você deve estar se perguntando.
É que na época a principal rádio inglesa era a BBC e ela só tocava duas horas de música pop por dia, em um momento do mundo em que os jovens só queriam rock, e não podiam ouvir. Então, um grupo de amigos decidiu montar uma rádio pirata em um navio e transmitir rock o dia todo. Eles inclusive moravam lá e viviam do rock.
Em contrapartida, congressistas londrinos queriam a cabeça deles, e ficavam criando estratégias para acabar com a rádio pirata, pois até o momento essa situação da Rádio Rock era legal perante a lei.
O filme conta com elenco afinado com Philip Seymour Hoffman e Kenneth Branagh, entre outros e a trilha sonora nem precisa dizer que é perfeita, com as principais músicas que faziam sucesso em 66/67 e ainda fazem, afinal, clássico é clássico.
Curiosidade: Antes das filmagens, cada ator que intepretou um DJ recebeu um Ipod com as músicas que tocaria no filme, só para eles já entrarem no clima. O longa tem 135 minutos, mas vale cada canção.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Selos Deslumbrante e Blog Mulher Moderna

Olá, pessoal
Este post é para agradecer as meninas do Dear Books, por ter presenteado este blog com dois selinhos: Deslumbrante e Blog da Mulher Moderna. Adorei o carinho.
De acordo com as regrinhas, preciso passar adiante para os blogs que acompanho.
Vamos lá.
 
Regrinhas:
1. Deixar um comentário nesse post.
2. Criar um post para o selinho.
3. Passar esse selinho para 6 pessoas ou mais.

Seguem meus seis blogs indicados:
Psychobooks
Acordei com vontade de ler
Escrevendo Loucamente
Eu leio, eu conto
Faz parte
Literatura de cabeça


 Este selinho do Blog da Mulher Moderna também foi indicação das garotas do Dear Books.
Regrinhas:
1. Devemos atribuir esse selo aos blogs que gostamos e os quais mais visitamos regularmente.
2. Ao receber o selo “Blog da Mulher Moderna” devemos escrever um post incluindo: o nome de quem nos deu o prêmio com o respectivo link de acesso + a indicação de outros 5 blogs!

Seguem os blogs que mais gosto e visito regularmente:

Dear Books
Leituras ponto com
Romances in Pink
Bebendo Fumaça
Libros di Amore

domingo, 1 de agosto de 2010

Videoclipe em plano sequência OK Go - This Too Shall Pass

Pessoal, hoje é domingo e estou interneticamente cansada. Afinal trabalho com isso a semana inteira, e geralmente domingo me dou uma folga desse suporte, fico só com os livros físicos e um filme ou outro, além da familia, of course. Só estou no PC porque estou terminando um projeto de TCC, para iniciar outro semana que vem. Exatamente, era pra eu estar finalizando meu projeto nesse exato momento, mas existe uma coisa viciante chamada Google Reader, e não consigo ficar sem ler os feeds.
Aproveitando a deixa internética, hoje vou postar só um clipe para vocês curtirem, de uma banda chamada OK Go. Ela ficou famosinha pelos seus videoclipes bem loucos, é aquela mesma banda que um tempo atrás apareceu no Fantástico com uns caras que fizeram uma coreografia na esteira. Lembrou? São eles mesmos.
Neste clipe, total em plano sequência (sem cortes de câmeras), eles arrasaram. Adorei e quero compartilhar com vocês. Enjoy it! Bom domingo, porque agora vou voltar para os estudos já.