Páginas

terça-feira, 27 de maio de 2008

Dicas culturais para encarar o Holocausto

Se há algo que eu definitivamente não consigo entender, é o que aconteceu na Alemanha na primeira metade do século XX, as barbáries que foram cometidas no Holocausto. Pelamordedeus, alguém pode me explicar o que foi aquilo? Anos se passaram, pouquíssimos sobreviventes estão aqui para contar o que realmente aconteceu (e nem quero mais ouvir, pois estou cansada de saber) e mesmo assim não há nada que seja capaz de apagar essa mancha que a Alemanha vai carregar para sempre consigo. Nenhum episódio na humanidade foi tão chocante, e nunca haverá. Não há adjetivos que descrevam o que os alemães fizeram com famílias inteiras, cidades, estados e países.
O assunto é desagradável, eu sei, mas esta é uma parte da história da qual não podemos fugir, por mais que queiramos nos esconder dentro de conchas submersas no mais profundo oceano, o Holocausto vai nos perseguir para sempre. Principalmente aos alemães.
Esse nariz de cera gigante foi apenas para dar duas indicações: um filme e um livro sobre o Holocausto. Como eu, você já deve ter visto milhares de coisas a respeito. Eu vi tanto, na faculdade inclusive, que até cansei. Chegou uma hora que nem chorar eu conseguia mais, ficava apenas um torpor a cada fim de livro ou filme, ou documentário.
O filme que indico e que é muito bom é O Pianista. Nem vou falar muito sobre ele, pois você já deve ter visto. Roteiro, direção e atuações fantásticas. Mas eu confesso, tenho o filme em casa mas eu não assisto nunca mais. É tipo O óleo de Lorenzo, você assiste uma vez, chora, quase morre e nunca mais quer ver, porque uma vez só já bastou para toda a vida. O Pianista é assim. Recomendo que vejam, nem que seja uma vez na vida.
O livro que acabei de encerrar esta tarde foi A menina que roubava livros, do jovem australiano Markus Zusak. Uma narrativa apaixonante de uma menina que se torna amante das palavras e rouba livros em meio à Alemanha nazista exterminadora de judeus. O autor mostrou o outro lado da II Guerra Mundial, em que nem todos os alemães faziam parte da loucura do Führer. Traz personagens secundários que dão todo o lirismo a história e nos transporta para aquela época de medo e tensão.
Duas dicas poéticas para encarar de frente o nazismo. Topas?
Beijos, boa terça

Nenhum comentário: