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sexta-feira, 8 de maio de 2009

CHE - O argentino - Viva la Revolución!!!!!


CHE O argentino é a primeira parte do longa de Steven Soderbergh que estreou ano passado, e que só consegui ver esta semana, pois só agora chegou junto com o Festival de Cinema na minha cidade. Estava ansiosíssima para ver o filme, e adorei. O diretor gastou 4h28 de película para contar a história do líder revolucionário Ermesto Che Guevara, e dividiu sua produção em dois filmes de 2 horas: O argentino e O guerrilheiro.
Benício del Toro, ator porto-riquenho que interpretou o revolucionário, ficou perfeito no papel, e disse que Che é o personagem mais marcante de sua carreira. Como o filme é falado 80% em espanhol, Benicio, que é naturalizado norte-americano e desde os 13 anos está nos EUA, teve um pouco de dificuldade, pois segundo ele o espanhol do Che era muito culto. Rodrigo Santoro está no elenco no papel de Raúl Castro, irmão do Fidel.
A primeira parte conta como ele entrou na luta armada com Fidel pela libertação política, econômica e ideológica de Cuba das mãos da ditadura militar e do domínio norte-americano. Mostra porque ele se tornou um símbolo ideológico no mundo todo, e de acordo com que eu li em um blog, aquela foto famosa dele, em que ele está usando uma boina e que está estampada em qualquer camiseta de camelô, é a foto mais famosa da história e a imagem mais marcante do século XX.
Mesmo quem não conhece a história do Che, deve imaginar que ele deve feito algo importante, pois o mito que se criou em torno dele às vezes é maior que o próprio Che.
Mas no filme, muito bem dirigido por Soderbergh, mostra o lado humano e guerrilheiro do argentino. Segundo o diretor, Che lhe interessa mais que Cuba, portanto, a segunda parte do filme se concentrá no último ano da vida de Che, em que ele fica na Bolívia treinando guerrilheiros e é assassinado, executado( segundo a excelente obra de Saulo Gomes "Quem matou Che Guevara"), pois ele tinha os sonho de libertar não só Cuba, mas toda a latinoamérica.
Che foi um ser como poucos, uma figura emblemática, um intelectual que pegou em armas para ver se realizar, através de suas próprias mãos, o sonho de ver seu país de coração fora do domínio norte-americano.
Sou fã do Che, e sou fã de Soderbergh, que conseguiu mostrar neste filme e em seu discurso o que é a raíz do comunismo, e que olhando assim de longe até que não é tão ruim, diriam os céticos. Quem é leigo no assunto saiu da sala do cinema percebendo porque Cuba incomoda tanto, porque pintam Fidel Castro como o demônio e que comunistas não comem criancinhas.
O filme demorou mas chegou, pena que o discurso veio em um período em que as pessoas não serão influenciadas pelas atitudes de Che, pois estamos tão mergulhados no emaranhado desse capitalismo selvagem que é mais confortável usar a camiseta com a figura dele do que seguir seus ensinamentos.
O importante mesmo é que não vejo a hora de ver a parte 2.
beijos

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