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terça-feira, 12 de maio de 2009

Medéia, de Eurípedes

A maioria das pessoas deve pensar: porque eu leria uma tragédia grega escrita há 2500 anos? Bom, eu nunca faria essa pergunta porque eu leio, e adoro, e é através desses textos que podemos comprender a cultura do povo mais culto do início da civilização ocidental.
Os gregos faziam competições de peças teatrais em suas festas dedicadas do deus Dionísio, no final de cada colheita. Era uma maneira deles agradecerem o alimento que a terra produzia.
O engraçado é que eles agradeciam de maneira pitoresca. Era feita uma super festa, estilo carnaval, em que os gregos bebiam vinho o dia todo, e saiam às ruas em procissão empunhando um falo gigante. É pessoal, era o símbolo da fertilidade e não havia esse pudor que temos hoje.
A partir daí, eles iam para os theatron assistir as peças, e chegavam a passar quase 6 horas cerca de três peças. Bêbados, alegres, felizes, e apreciando a narrativa dos dramaturgos.
Nesta época, surgiram diversos escritores, entre eles Esopo, Sófocles e Eurípides, este último que escreveu a tragédia grega com a personagem feminina mais intrigante da história: Medéia.
E esta é minha dica de hoje. O texto é curto, tem 50 páginas, e conta a história de uma mulher que abandona seu país para viver ao lado de um grego, Jasão, mas é traída por ele, que se casa com a filha do rei. Enlouquecida de raiva e ciúme, Medéia comete uma loucura, que não vou contar para quem ainda não conhece a história.
Vale a pena tirar uma hora do dia para conhecer os textos gregos tão ricos e tão atuais, e que contribuem para a história do mundo. Pena que de 98 peças que Eurípedes publicou, nos resta apenas 19 e alguns fragmentos.
Indico também Édipo, de Sófocles ( que é meu favorito). ;-)

Um comentário:

Anônimo disse...

Isso me faz lembrar a Carmen Gameiro, quando ela não discursava somente sobre Nietzsche.

Tudibão ler sobre eles, os gregos! Ô povo doido! rs

Fernanda